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Mostrando postagens de janeiro, 2015

O QUE O MÉDIUM VETERANO OU EM DESENVOLVIMENTO PRECISA SABER SOBRE A LIMPEZA DO TERREIRO?

O terreiro é um lugar sagrado que é utilizado para giras e trabalho com os guias espirituais (tanto de esquerda quanto de direita). É um local de respeito, de paz, de tranquilidade, de preces, de bênçãos, um local onde se depositam pedidos, demandas, vidas e como tal, merece todo cuidado físico e espiritual para que continue sempre como uma casa de muita luz. Para limpeza espiritual, as dicas e mirongas (ou mistérios) não caberiam em um único texto, pois a Umbanda, o Candomblé, a Quimbanda, o Catimbó, o Kardecismo e as demais religiões espíritas demandam muito estudo. Trata-se de uma religião onde não há receita de bolo. A mironga que foi passada para um determinado caso não pode ser tomada como “coringa” para todos os casos semelhantes. Então, decidimos escrever sobre a limpeza “física” deste local sagrado que ainda é um tabu para muitos filhos sejam eles veteranos ou iniciantes na religião. A primeira coisa a discutir é que o terreiro é dividido em pontos de força e como t

AS INTELIGÊNCIAS E O CONHECIMENTO DE OXOSSI!

A Inteligência é um fenômeno que sempre intrigou e acabou sendo objeto de estudo da psicologia. No dicionário vemos a sua singela tradução como “capacidade do aprender, do conhecer e do fazer coisas” e portanto, parte da personalidade de alguém. Deste conceito inicial se derivam os tipos de inteligência: musical, lógica, numérica, abstrata, espacial, emocional, espiritual, racional, subjetiva, entre outras e que foram permitindo-se pela ciência serem medidas por seus especialistas (Testes psicológicos, testes de inteligência, testes de QI, etc). Para Umbanda, a inteligência também virou objeto de estudo, porém, em um teor muito mais subjetivo do que estão acostumados os cientistas. É tido como manifestações do Orixá Oxossi na humanidade (Orixá que entre outras coisas rege o trono do conhecimento). É importante salientar que da mesma forma que o direito de ser uma boa mãe não é reservado a filhas de Yemanjá, e que ser um filho justo não é privilégio de nativos de Xango,

INCORPORAÇÃO NÃO É POSSESSÃO!

Do dicionário, “Incorporar” significa: “ação ou efeito de incorporar. Acrescentar alguma coisa nova a certo indivíduo, conjunto etc. Servir de objeto para acoplamento de outro.” Já no mesmo dicionário se formos procurar a palavra “possessão”, significa: “Circunstância em que alguém está possuído por algo sobre-humano, por uma paixão, por um tormento, por uma obsessão etc.” Talvez por esta semelhança cultural do nosso próprio vocabulário estas duas ações são frequentemente confundidas. Na Umbanda, o ato de incorporação é o ato em que o médium recebe os seus guias (Marinheiros, Ciganos, Baianos, Pretos Velhos, Boiadeiros, Caboclos, Exu, etc) ou Orixás (Ogum, Oxum, Iansã, Xango, Oxossi, Yemanjá, Nanã, etc) para realização da gira, de passes e outros trabalhos que podem ou não envolver descarrego de espíritos obsessões e, por tanto, possessões. Diferente do que se assiste na TV, em especial em programas evangélicos sensacionalistas que criticam a Umbanda pelo uso de inco

EXU MIRIM: BREVES E RECENTES CONSIDERAÇÕES DA LINHA

Poucos Terreiros em São Paulo (SP) atuam com Exu Mirim. Seja pela falta de conhecimento sobre esta linha de Umbanda que está classificada dentro das giras de “Esquerda” ou por motivos particulares dos seus dirigentes. Durante muito tempo acreditou-se que “Exu Mirim” seriam crianças rebeldes que desencarnaram tendo atuado com drogas, criminalidade ou foram meramente crianças muito travessas. Recentemente a comunidade acadêmica que estuda, discute e dialoga sobre Umbanda levantou a hipótese de Exu Mirim não ser uma criança, pois como poderiam seres inocentes e de luz se tornarem guias de esquerda por suas travessuras ou vida sofrida que supostamente lhe foram dadas ou impostas por adultos cuidadores sem prévia escolha ou sem que antes pudessem atingir a vida adulta para poderem se defender? Esta mesma linha que crítica a linha de Exu Mirim como crianças, defende que tais mirins seriam na verdade adultos anões que devido à falta de conhecimento histórico e cultural da épo

MAGIA DE TRANCA RUA DAS ALMAS PARA QUEBRAR DEMANDA

Nas religiões espíritas acreditamos que as contingências a nossa volta são movimentadas por energias (tanto positivas quanto negativas). Estas energias influenciam de certa forma sobre o nosso comportamento, personalidade, hábitos, desejos, motivações, estado de humor e sentimentos de modo geral. Esta energia pode ser atraída como sub produto do seu comportamento e/ou como sub produto do comportamento alheio. Podem ser atraídas e demandadas inocentemente (sem intenção) ou intencionalmente. Independente de ser ao acaso ou merecido, a religião espírita auxilia o consultente, os filhos e as pessoas a atuar com este cenário.  No Kardecismo, por exemplo, as pessoas são geralmente cuidadas com passes e orações. Na Umbanda, além dos passes e orações é comum encontrarmos o uso de velas, banhos, entregas, defumações e semelhantes. No Candomblé o acumulo destas energias do nascimento à morte resultam em “Odús” (singelamente traduzido como “caminhos”), diz-se que as energias atrapalham a v

EXU SETE PUNHAIS - POR EDUARDO DE OXOSSI

Por Eduardo de Oxossi  Blog Baiano Juvenal  Vamos começar cantando: “Sem Exu não se pode fazer nada...Exu é homem das 7 encruzilhadas...7 facas bem cruzadas...em cima de uma mesa...Sarava Sete Facadas...O homem da Magia Negra”. O “Punhal” é uma arma branda presente milenarmente antes de cristo. Trata-se de uma lâmina curta, estreita, penetrante e cortante que pode ou não conter cabo em forma de cruz. Passou a ser utilizado durante guerras medievais, em especial fortemente presente no império romano onde acompanhava o gládio estendendo-se pela Europa medieval, como uma arma de guerra complementar à espada.  Se fizermos uma busca pela internet a começar pelo Wikipédia veremos que no Brasil, o punhal foi bastante modificado, recebendo até o nome de estilete, principalmente no sul e no sertão brasileiro.  Seu uso no pampa gaúcho, chamado no Sul de estilete ou espeto, sendo usado junto com a adaga e o sabre entre os farroupilhas, serviu e serve para preparo do churrasco

A CAPA E CARTOLA DE TRANCA RUA DAS ALMAS

Por Tranca Rua das Almas em resposta ao cavalo Eduardo de Oxossi quando era Médium de corrente no Templo de Umbanda Caboclo Ubirajara (SP). Hoje, Eduardo é Sacerdote do T.U.S. Caboclo Pena Verde e Caboclo Flecheiro de Aruanda (SP). Um dia normal voltando para casa cantarolando um ponto de Exu:  “De capa & cartola caminha na madrugada, andarilho das estradas sempre combatendo o mau...seu tranca ruas é amigo, camarada, dando forte gargalhadas, me livra  de todo mal... é laroyê exu, é mojubá, melhor que tranca rua das almas não há!!!!” Surgiu uma grande conversa com Tranca Ruas. Bom, meu nome é Eduardo, quando escrevi este artigo eu já estava na Umbanda há quase 3 anos, sendo 1 ano e meio na corrente de desenvolvimento e um ano e meio na gira de um templo de Umbanda em SP. Respondo com orixá de frente na linha de Oxossi e Oxum, mas por uma grande honra do destino e do plano espiritual, na linha de esquerda fui agraciado com a oportunidade de trabalhar com